sábado, 5 de março de 2011

O Hino Nacional

Pode até parecer, mas eu não sou saudosista. Só que tem algumas coisas que realmente eram melhores e faziam mais sentido na minha infância. O Hino Nacional é o exemplo mais marcante disso. Quando tocava o hino, todo mundo ficava de pé, a gente fazia silêncio, muitos com a mão sobre o coração, e crianças e adultos cantavam o que sabiam da complicada e erudita letra.

A gente entendia. Se estivessem tocando o hino, era por algum motivo sério. Alguma data cívica importante, uma figura histórica que havia morrido, ou coisa do tipo. Toda a molecada respeitava, e assim aprendemos a amar a bandeira e o hino do Brasil. Ou pelo menos a fingir bem.

Acontece que hoje cismaram de tocar o hino em qualquer atividade pública. Final do Campeonato Municipal de Cuspe à Distância. Posse da Dona Marly como nova cozinheira da Secretaria Regional de Economia Doméstica. Substituição do Juquinha pelo Ribamarzinho nos Escoteiros Voluntários do Estado.

Aí não tem cristão que aguente. A letra já é difícil e longa e ninguém sabe o que significam palavras como impávido, fúlgido e plácidas, todas proparoxítonas, por sinal. Fica chato mesmo. Se a ideia era popularizar o hino, estão fazendo exatamente o contrário. Ô saudade de quando as coisas tinham sentido no mundo...

Um comentário:

  1. Em todo jogo de futebol eu acho desnecessário tb...

    ainda mais qdo ninguem consegue ouvir o hino devido ao som perturbador da torcida, que nao respeita nada ou à falha tecnica e sonora de precarios estadios brasileiros!

    abs!

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