quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Mais importante que o futebol

Tem uma frase, oficializada como do treinador Paulo Autuori, que diz que 'entre as coisas menos importantes da vida, o futebol é a mais importante'. Concordo tanto que ela está na apresentação da minha monografia de conclusão de curso.

E por ser tão importante pra mim, desde a primeira infância, o futebol acabou evoluindo na minha vida com o passar dos anos. Foi a principal brincadeira, a diversão do colégio, o esporte que tentei jogar na adolescência e o objeto de estudo na faculdade, até virar a razão principal da minha profissão e o meu ganha-pão. Ou seja, não preciso explicar ou tentar mensurar o tanto que me emociono quando vejo 22 marmanjos correndo atrás de uma bola num campo verde.

Mas existem coisas mais importantes na vida. E mais tristes do que um grito de gol. Enquanto o Ronaldinho Gaúcho era apresentado na Gávea, 271 pessoas morriam, um pouquinho ao norte dali, afogadas num mar de lama.

Eu não sou hipócrita. Se o Gaúcho viesse pro meu time, eu decretava feriado nacional e ia tomar cerveja no meio da multidão também. Já vi amigo meu fazer isso pelo Márcio Mexerica e pelo Apodi. Mas hoje não.

Vivemos um típico dia de janeiro no Brasil. Sol, calor e festa. E escombros rolando morro abaixo arrastando tudo o que tinha pela frente. Fizeram carnaval pra receber um craque de futebol. Eu não faria. Sem hipocrisia e falso moralismo. Porque eu ainda acho que existem muitas coisas mais importantes na vida que o futebol.

Nenhum comentário:

Postar um comentário