terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O Pará e nós


Os paraenses recusaram a proposta de dividir o estado em três, num plebiscito realizado este fim de semana. Seriam criados os estados de Carajás e Tapajós, mas dois terços da população rechaçaram a ideia.

Não vou discutir a política e a economia envolvidas no polêmico assunto. Não tenho conhecimento, competência e nem estudo para isto. Só acho que as siglas dos novos estados seriam CA e TA né?

Também não vou falar sobre o que isto mudaria no futebol. Imagino que seriam mais duas vagas na Copa do Brasil e na Série D do Campeonato Brasileiro. Série D que, por sinal, já foi conquistada por um time do glorioso estado – não fundado – de Tapajós, com o São Raimundo, em 2009, ao bater o Macaé-RJ, na final.

O que não entendo é o porquê de dividir um estado brasileiro em três, enquanto as fronteiras entre os países estão ficando, a cada dia, mais fáceis de serem cruzadas.

Temos a sensação de saber o que acontece em qualquer lugar do mundo, em tempo real e numa linguagem acessível a todos. Lutamos para diminuir as diferenças e atritos entre religiões, nacionalidades e etnias. Isto, sem deixar de preservar a identidade de cada uma. E mesmo que a gente falhe em boa parte dos casos, a sensação de estar brigando por um mundo sem fronteiras, diferenças e guerras é válida e reconfortante.

Vai ser bom ter o Águia, de Marabá, o São Raimundo, de Santarém, e o Paysandu, a Tuna Luso e o Remo, de Belém, na Série A do Brasileirão, num futuro próximo. E vai ser bom também ver o estado do Pará unido e forte, sob uma mesma bandeira. Mas vai ser melhor ainda ver o mundo todo sem divisões e fronteiras, com todos se respeitando e se ajudando. Sob a mesma bandeira branca da paz.


Dedicado ao amigo Mário Marra e inspirado em seu blog, que sempre leio e recomendo.

3 comentários:

  1. Se esse tanto de time subir pra série A onde vai estar meu América? kkkk

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  2. É simples assim, amigo. As motivações para a divisão, neste caso, são eminentemente políticas. Elas se baseiam em calculos eleitorais de caciques que desejam se manter no poder. É triste ver que as manifestações populares pelo não aumento de salários de políticos, por menos corrupção e outros assuntos não tenham a relevância que este tema teve. Mas não há que desistir. É apenas um tropeço democrático.

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  3. Me poupou da dúvida entre comprar castanha de Tapajós ou castanha de Carajás no Natal. Abraço, Marcão. Teu blogue é leitura obrigatória.

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