sábado, 21 de julho de 2012

A verdadeira história de Fabrício Carpinejar

O escritor gaúcho Fabrício Carpinejar é famoso por ser um profundo entendedor da alma feminina e popular entre praticamente 100% das mulheres que conhecem seu trabalho. Mas eu digo sem medo de errar: ele é o maior mentiroso do Brasil!

Antes de explicar minha afirmação, quero deixar claro que não sou totalmente contra os mentirosos. Desde que não sejam políticos ou minha mulher, eu até entendo e respeito uma lorotinha saudável e cheia de boas intenções.

O fato é que Carpinejar mente descaradamente. E o que é pior: consegue enganar e se passar impune aos olhos de toda a sociedade, especialmente a feminina.

Não há como um homem conhecer tão profundamente todos os mistérios que se passam dentro de uma mulher, sem que ele seja ou deseje ser uma delas. Para falar em português bem claro, Carpinejar seria uma bichona, daquelas mais escandalosas, se estivesse falando a verdade. E isto é mentira. Mesmo sem conhecê-lo pessoalmente, sei que o escritor é um heterossexual dos mais varões, com um currículo de conquistas invejável, por sinal.

Acontece que Fabrício Carpinejar é feio. Muito feio. Um caso em que podemos usar, sem medo de errar, a palavra ‘horroroso’. Ele mesmo sabe e admite isto. Até faz piada de sua aparência. Só que acontece também que ele nasceu com inteligência proporcional à sua feiura e, sagaz como poucos, soube inventar este personagem que conhecemos. Feio, muito feio. Mas encantador, aos olhos femininos.

Assim sendo, com tantos homens estúpidos, cafajestes e ignorantes espalhados pelo mundo, nada mais natural que o sensível e amoroso Fabrício conquistasse corações de uma forma que os brutamontes jamais imaginariam. Desde o começo, porém, esta era a única possibilidade para o feio, muito feio, que sabia usar o cérebro de forma extremamente mais eficiente do que os bobalhões usavam os músculos e as caras bonitinhas.

Esta é a verdadeira história de Fabrício Carpinejar, um mentiroso de primeira linha. Que finge ter a alma feminina, mas que, no fundo, é tão picareta quanto todos nós. Não sei sobre vocês, mas eu morro de inveja por não ter tido esta ideia antes...


quarta-feira, 4 de julho de 2012

Corinthians x Boca


Não sou torcedor do Corinthians nem do Boca Juniors, e também não tenho antipatia ou mágoa especial com nenhum dos dois. Portanto, tenho a consciência tranquila para falar que verei o jogo desta noite com os olhos isentos de um simples apreciador do velho ludopédio.

Por isto mesmo é que repito uma frase que costumo dizer com frequência:

- Pobres daqueles que não gostam de futebol!

Sim, porque é difícil não se envolver no clima de um jogo como este, final da Taça Libertadores, sonho de cem entre cem torcedores sul-americanos, ainda que seu time nem tenha passado perto de estar nesta decisão.

A repetição exaustiva e a overdose de comentários sobre o jogo durante toda a semana podem irritar os pobres diabos que não gostam de futebol, e talvez até mesmo os fãs mais ardorosos do esporte. Mas, ainda assim, isto é pequeno perto do que acontece quando a bola rola.

A emoção, o envolvimento, a paixão, o amor e a adrenalina envolvidos numa partida como esta são inexplicáveis para os que não apreciam o futebol. Parecem coisa de maluco ou de gente que não tem nada mais importante para se preocupar ou fazer.

Mas, para os que vibram com o esporte mais popular do planeta, isto é fato normal. Recheado de prazeres, que aqueles outros jamais vão entender.

Final de Libertadores é para ser vivida intensamente, desfrutada em cada segundo, nos seus mínimos detalhes. O mérito de estar ali é para muito poucos e até o perdedor tem motivos para se orgulhar.

A dor da derrota é lancinante, pungente, terrível, e deixa cicatrizes profundas e eternas. Mas, no fundo, e o heroico torcedor batido sabe disso, uma grande história foi vivida, e, mesmo que o final tenha sido triste, foi muito bom ter chegado vivo e repleto de esperanças até ali.

Vencer, então, é um privilégio de poucos. São raros os que atingem o glorioso panteão de ser campeão de uma Libertadores, ainda que todos sonhem com isto. A sensação de felicidade e a certeza de ser o mais importante do continente são uma mistura de satisfação, realização pessoal e êxtase. Tentar explicar o que se passa dentro de si neste momento é inútil e muito complicado para ser traduzido em palavras.

Que Corinthians e Boca façam uma memorável final. Que o campeão tenha consciência do seu monstruoso poder de assombrar e aterrorizar os inimigos. E que o derrotado valorize o longo caminho trilhado até o revés.

Está achando tudo isto um exagero e uma bobagem? Que pena de você, que não gosta de futebol...