terça-feira, 7 de junho de 2011

O Fenômeno e eu

Sou de um tempo em que os ídolos de infância eram ídolos mesmo. Daqueles que ficavam nos mesmos clubes por anos e anos. Todos nós queríamos ser como eles. E éramos, de fato, pelo menos na nossa imaginação e nas peladas de rua.

Eu já fui Zico, Joãozinho, Reinaldo e Falcão. Fui Renato Gaúcho contra o Hamburgo e Bobô na final com o Inter. Tive meus dias de Casagrande, de Roberto Dinamite e de Romerito. E quando, quase adulto, já não tinha idade para ser mais ninguém, sonhei em ser Ronaldo.

Ronaldo Luís Nazário de Lima é apenas dois meses mais velho que eu. Pela proximidade geográfica e meu fanatismo pelo futebol, acabei acompanhando bem de perto seu início no futebol, mesmo já sem pretensões de ser atleta profissional, como tive até lá pelos meus 12 ou 13 anos.

Os sonhos que eu tinha quando menino deviam ser bem parecidos com os dele. E ele os concretizou de uma forma que eu jamais imaginaria, nem nos meus devaneios mais delirantes.

Ronaldo conquistou o mundo. Venceu, fez gols, se divertiu, teve mulheres, dinheiro e fama, como todo garoto sonha um dia. Mas também teve dor, sofrimento e angústias, o que faz a sua história real e concreta, bem diferente do conto de fadas da minha cabeça de guri.

O Fenômeno parou de jogar. E me sinto grato por ter visto toda sua carreira e ter vivido parte dos meus sonhos através dos sonhos dele, num mundo de fantasia que nunca abandonou meu coração de criança.

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